Convite à Seara dos Médiuns
Lendo, estudando e refletindo sobre a obra Seara dos Médiuns,
ditado por Emmanuel a Chico Xavier e publicado, em sua primeira edição, no ano
de 1961, construí algumas frases que podem ser úteis aos que tem trilhado o
caminha muitas vezes árduo, porém sempre recompensador da mediunidade com o
Cristo.
Vamos
a elas:
- Os
médiuns não passam de pessoas comuns com as mesmas necessidades e
responsabilidades, alegrias e tristezas, sofrimentos e superação de qualquer
outro irmão em luta na Terra. A diferença é que os irmãos que se aprofundam com
seriedade no serviço do intercâmbio, já perceberam que não podem perder mais
tempo e por isso, trabalham incessantemente.
- Em
qualquer estudo da mediunidade, não podemos esquecer que o pensamento é a base
de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma.
- Nossos
impulsos, desejos, sentimentos, realizações e pensamentos falam de nós, sem
usar as palavras. O pensamento é, portanto, nosso “cartão de visita”.
- Lidando
com a mediunidade, não espere colher frutos de imediato. A faculdade é do
espírito imortal e evolui à medida que a ela nos dediquemos a cada encarnação.
Se o esforço requerido para harmonizá-la com o trabalho do Cristo, não for
suficiente nesta existência, não é possível afirmar quando, sob condições
favoráveis, nova oportunidade se dará. Portanto, aproveite agora.
- Não
se iluda e nem alimente qualquer pretensão do poder de convencimento dos
fenômenos mediúnicos que, de maneira rudimentar e com grande esforço, venha
executar. Recorde-se que muitos que presenciaram as curas de Jesus nas horas do
apostolado, desconfiaram ou abandonaram-o na hora do testemunho.
- Os
ensinos disponíveis na doutrina espírita, sobre mediunidade, são mais que
suficientes para nossas atividades na Terra. O que falta da parte dos
candidatos à sublimação desta faculdade, é maior disciplina e esforço em
estudá-la para sua aplicação com a respectiva responsabilidade.
- Estudar
e conhecer a teoria da mediunidade é, sem dúvida, muito importante. Entretanto,
o suor vertido no serviço incansável da caridade, é essencial. Ação é voz que
fala à razão.
- Na
mediunidade, o que lhe confere distinção não é a grandiosidade dos fenômenos
que protagonizes, nem a variabilidade dos talentos mediúnicos que exibes, e sim
o que fazes dela.
- A
força medianímica, tanto quanto os demais sentidos humanos, representa, do
ponto de vista moral, força neutra em si própria, na qual a vida dispõe a
todos. A importância e a significação dependem da orientação que se lhe dê,
reconhecendo que estando distante da caridade e ausente da educação, a força não
ajuda e nem edifica.
- No
exercício cotidiano da mediunidade, devemos acautelar-nos do orgulho e da
vaidade em nós próprios, que à maneira de sutil parasita, provoca significante
estrago por dentro, conduzindo o médium, se não evangelizado, à armadilha da
dúvida ou à sombra da queixa.
- Dentre
os fatos mediúnicos da vida de Jesus na Terra, há que se considerar a batalha
constante contra obsessões, obsidiados e obsessores, como os mais registrados
pelos evangelistas. Desde o alvorecer de sua missão com Herodes, o obsidiado
assassino, até a obsessão coletiva da multidão que preferiu a Barrabás, o
Senhor esteve rodeado por obsessos de todos os tipos. Allan Kardec, o apóstolo
da revelação humana, acertadamente, situou a obsessão, como um dos maiores
escolhos ao exercício da mediunidade. Sabedores desta realidade, busquemos na
Doutrina Espírita, educar a mediunidade, para evitar que o fascínio das trevas
cai sobre nossa mente.
- Entendamos,
à vista disso, que as lições da Doutrina Espírita, na essência, para todos nós,
aprendizes destes saberes, é universidade de redenção.
Finalizo, plenamente consciente que nada de original intentei
fazer, reconhecendo o mérito exclusivo dos valorosos irmãos que concretizaram
esta obra. Mesmo assim, externo sincero desejo, de que estas arrazoados linhas possam
incentivar os que a lerem, a buscar, na fonte bibliográfica de origem, a luz que
os autores depositaram sobre o velador.
Referência
(1) Emmanuel. Seara dos médiuns. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 5ª
ed. Brasília. Editora FEB, 1961. 234 p.
Obrigada pelo incentivo ao estudo constante
ResponderExcluirEstudar e trabalhar no bem. As duas ferramentas que devem elevar o homem em direção a Jesus.
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