segunda-feira, 21 de abril de 2025

 

Convite à Seara dos Médiuns

Lendo, estudando e refletindo sobre a obra Seara dos Médiuns, ditado por Emmanuel a Chico Xavier e publicado, em sua primeira edição, no ano de 1961, construí algumas frases que podem ser úteis aos que tem trilhado o caminha muitas vezes árduo, porém sempre recompensador da mediunidade com o Cristo.

Vamos a elas:

- Os médiuns não passam de pessoas comuns com as mesmas necessidades e responsabilidades, alegrias e tristezas, sofrimentos e superação de qualquer outro irmão em luta na Terra. A diferença é que os irmãos que se aprofundam com seriedade no serviço do intercâmbio, já perceberam que não podem perder mais tempo e por isso, trabalham incessantemente.  

- Em qualquer estudo da mediunidade, não podemos esquecer que o pensamento é a base de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma.

- Nossos impulsos, desejos, sentimentos, realizações e pensamentos falam de nós, sem usar as palavras. O pensamento é, portanto, nosso “cartão de visita”.

- Lidando com a mediunidade, não espere colher frutos de imediato. A faculdade é do espírito imortal e evolui à medida que a ela nos dediquemos a cada encarnação. Se o esforço requerido para harmonizá-la com o trabalho do Cristo, não for suficiente nesta existência, não é possível afirmar quando, sob condições favoráveis, nova oportunidade se dará. Portanto, aproveite agora.

- Não se iluda e nem alimente qualquer pretensão do poder de convencimento dos fenômenos mediúnicos que, de maneira rudimentar e com grande esforço, venha executar. Recorde-se que muitos que presenciaram as curas de Jesus nas horas do apostolado, desconfiaram ou abandonaram-o na hora do testemunho. 

- Os ensinos disponíveis na doutrina espírita, sobre mediunidade, são mais que suficientes para nossas atividades na Terra. O que falta da parte dos candidatos à sublimação desta faculdade, é maior disciplina e esforço em estudá-la para sua aplicação com a respectiva responsabilidade.

- Estudar e conhecer a teoria da mediunidade é, sem dúvida, muito importante. Entretanto, o suor vertido no serviço incansável da caridade, é essencial. Ação é voz que fala à razão.

- Na mediunidade, o que lhe confere distinção não é a grandiosidade dos fenômenos que protagonizes, nem a variabilidade dos talentos mediúnicos que exibes, e sim o que fazes dela.

- A força medianímica, tanto quanto os demais sentidos humanos, representa, do ponto de vista moral, força neutra em si própria, na qual a vida dispõe a todos. A importância e a significação dependem da orientação que se lhe dê, reconhecendo que estando distante da caridade e ausente da educação, a força não ajuda e nem edifica.

- No exercício cotidiano da mediunidade, devemos acautelar-nos do orgulho e da vaidade em nós próprios, que à maneira de sutil parasita, provoca significante estrago por dentro, conduzindo o médium, se não evangelizado, à armadilha da dúvida ou à sombra da queixa.

- Dentre os fatos mediúnicos da vida de Jesus na Terra, há que se considerar a batalha constante contra obsessões, obsidiados e obsessores, como os mais registrados pelos evangelistas. Desde o alvorecer de sua missão com Herodes, o obsidiado assassino, até a obsessão coletiva da multidão que preferiu a Barrabás, o Senhor esteve rodeado por obsessos de todos os tipos. Allan Kardec, o apóstolo da revelação humana, acertadamente, situou a obsessão, como um dos maiores escolhos ao exercício da mediunidade. Sabedores desta realidade, busquemos na Doutrina Espírita, educar a mediunidade, para evitar que o fascínio das trevas cai sobre nossa mente.

- Entendamos, à vista disso, que as lições da Doutrina Espírita, na essência, para todos nós, aprendizes destes saberes, é universidade de redenção.

Finalizo, plenamente consciente que nada de original intentei fazer, reconhecendo o mérito exclusivo dos valorosos irmãos que concretizaram esta obra. Mesmo assim, externo sincero desejo, de que estas arrazoados linhas possam incentivar os que a lerem, a buscar, na fonte bibliográfica de origem, a luz que os autores depositaram sobre o velador.     

 

Referência

(1) Emmanuel. Seara dos médiuns. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 5ª ed. Brasília. Editora FEB, 1961. 234 p.

2 comentários:

  1. Obrigada pelo incentivo ao estudo constante

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  2. Estudar e trabalhar no bem. As duas ferramentas que devem elevar o homem em direção a Jesus.

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