São chegados os tempos II – A Gênese
Os
problemas sociais que acometem a Terra, envolvendo bilhões de seres humanos de
forma direta e indireta refletem ainda a triste realidade da condição de um planeta
de expiação e provas com indícios de primitivismo. Guerras, drogas, corrupção,
crimes hediondos, pedofilia, estupros, escravização, tráfico de órgãos e de
pessoas, ditaduras, religiões falidas. Esses males que assolam a Humanidade em
todos os países, são realmente desanimadores, porém não podemos nos entregar ao
desânimo.
Diante deste lamentável
cenário muitos se questionam “se” e “quando” a Terra será guindada a planeta de
regeneração. Afinal, “os tempos são chegados” e aguardamos, na maioria das
vezes, de braços cruzados, como se essa mudança viesse por um decreto divino, e
da noite para o dia, nos tornaríamos um orbe feliz com todas as relações
fraternas entre os povos.
O que precisamos
entender é que tudo, mas tudo mesmo, está submetido à divina lei do progresso. Certo também é considerar
que, em seu estágio atual de evolução, o homem, como ser inteligente (embora
muitas vezes não pareça) é dotado do livre arbítrio e com este poder, cria o
próprio destino. Unindo, portanto, a ação incorruptível dos desígnios
superiores com a liberdade de ação dos homens, a qual, ultimamente,
refletindo seu egoísmo e orgulho à flor da pele, bem como seu apego às coisas
materiais, chegamos ao resultado do que observamos hoje na Terra como nossa
realidade.
Não se descarta, e isso
parece incrível, um terceiro conflito mundial que seria de caráter nuclear,
ficando sem saber o que sobraria sobre a superfície deste planeta se tal enfrentamento
se concretizasse. E muitos perguntam, mas Deus não está no comando? Onde sua
ação protetora?
É preciso recordar que
a ação Divina se faz para as criaturas através das próprias criaturas. Quantas
personalidades importantes tem, no mundo de hoje, preocupados com as diretrizes
de chefes ditadores, representando espíritos infelizes e equivocados, tentado
influenciar de maneira a apaziguar os dirigentes das nações e propor ações que
conduzam o homem a um período de concórdia na busca da paz? Os respeitáveis organismos
mundiais criados com a intenção de serem espaços onde os povos possam dialogar e
chegar a acordos multilaterais, asserenando conflitos, estão desacreditados e
não são respeitados. Cada chefe de nação se acredita como se fosse proprietário pessoal de uma parte do
mundo e a ninguém, logo mais, teria que prestar contas de seus atos impensados.
Realmente o homem PERDEU O ENDEREÇO E A FÉ EM DEUS.
Importante recordar que
os espíritos do sistema de Capela, antes de serem exilados para a Terra, o
planeta em que habitavam, simplesmente explodiu, havendo uma desencarnação
coletiva como resultado de um conflito nuclear. Quer dizer então que Deus não os
protegeu? Que foram abandonados pelos cuidados divinos, o que os levou a essa
matança desmedida?
Claro que não....
Sempre somos e seremos
envolvidos pela misericórdia divina que sempre deseja nossa felicidade.
Entretanto se a Terra hoje exibe grande avanço intelectual, moralmente tem
deixado a desejar pela deplorável situação da maioria dos espíritos que aqui habitam.
Somente o progresso
moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões
más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia,
a paz e a fraternidade. Espíritos que estão chegando à Terra estão cansados da
dúvida e da incerteza que lhes tem sido apresentado pelas religiões
tradicionais, de forma que estarão, cada vez mais, ávidos por uma renovação nos
vários aspectos da sociedade humana.
Pelo seu poder moralizador
em face de todas os assuntos que abrange, o Espiritismo é, e será, em relação a
qualquer outra doutrina, mais apto a conduzir os homens a este movimento de
regeneração, baseados nas lições do Evangelho de Jesus.
Enquanto isso, não nos
é impedido sonhar e desejar pelo mundo de Regeneração, o que, no contexto do
mundo que habitamos, já é uma grande coisa.
(*) Todos os
grifos são nossos
Referências
(1) Kardec, Allan. A Gênese.
Os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro
da 5ª edição francesa. 25ª ed. Rio de Janeiro. Editora FEB, 1944.
424p.
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