Em sintonia com a luz da Mediunidade
Da conhecida definição sobre médium constante
no Livro dos Médiuns, proposta por
Allan Kardec: “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a
influência dos Espíritos é, por esse fato, médium”,
somado ao complemento: “ Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui,
portanto, um privilégio exclusivo”, faz-nos conceber que todos somos médiuns.
Entretanto, médiuns capazes de refletir as verdades sublimes que provém do mais
alto, são raros...
O intercâmbio entre as Duas
Esferas, mesmo para espíritos e médiuns mais experientes, é sempre um desafio.
A tão discutida sintonia mediúnica não se improvisa e, em essência, está
sujeita a muitos fatores de interferências, as quais poderíamos cita-las assim:
- disciplina, boa vontade, conhecimento, capacidade, a luta
pelo pão de cada dia, disposição física, a crítica dos que exigem de nós
perfeição que anda não conquistamos (e estamos muito longe disso), as nossas
próprias limitações (característica de todos nós); etc.
Enfim, são n fatores intrínsecos e extrínsecos ao médium
que contam muito quando o assunto envolve sintonia mediúnica. E não se engane,
não há fórmula mágica para este tentame. A receita é simples, basta colocá-la
em prática: estudar sempre, fazer o bem ao próximo e a si mesmo, pensamentos
elevados, buscando na oração, o mais possível, o contato com nossos benfeitores.
O médium em ação pode ser comparado a um aparelho de alta
precisão, no qual, qualquer interferência indevida acarretará resultados
negativos. A sensibilidade do médium deve ser preservada, aprendendo, ele
próprio, a não se expor, de forma desnecessária e constante às influências
psíquicas inferiores que nos prejudicam o equilíbrio, pondo a perder
oportunidades no intercâmbio mediúnico de natureza elevada.
Do livro Falando de
Mediunidade, pelo espírito Dr. Odilon Fernandes, psicografado por Carlos
Baccelli, extraímos profundo ensinamento a respeito da sintonia seletiva.
Vejamos:
“Na mediunidade, o médium deve
se esforçar pela sintonia seletiva, quer dizer, tanto quanto possível carece de
se isolar das ondas mentais que o circundam, porquanto, na chamada sintonia
seletiva, o médium deve procurar o pensamento do espírito e com ele estabelece
uma certa empatia, para que consiga retratá-lo ou intermediá-lo ou ainda
interpretá-lo com a fidelidade que se espera.”
Veja, caro leitor, a
tarefa não é simples, porém com o esforço diário, devemos buscar realizá-la,
aperfeiçoando em nós, os instrumentos que melhor reflitam as lições que vem do
alto.
Continua ainda na
lição sobre sintonia seletiva o Dr. Odilon:
Que o médium procure
essa sintonia seletiva - para tanto, durante o dia todo, ele há de se
precaver e se manter vigilante, para que as suas defesas não cedam ante o
assédio dos pensamentos gravitantes de encarnados e desencarnados, pois, assim
como o homem vive imerso no oceano de oxigênio, vive também mergulhado no mar
de pensamentos e emoções, que não detecta, mas percebe; que não vê, mas sente;
que não toca, mas registra através de suas reações.
Portanto, não nos demoremos a compreender que, cabe a cada
um se colocar em melhores condições na luta do dia-a-dia, para servir melhor.
Cuidemos, sobretudo, para não sermos propagadores do mal, falando, enxergando e
escutando seus conselhos pelos nossos canais de mediunidade ainda carentes de
refino superior. Engana-se quem imagina que essas limitações possam ser
supridas pelo espírito comunicante. Não, não o serão. Nestes casos, tal qual a
água cristalina, que desde a fonte até seu destino final vai se acumulando de
impurezas, a mensagem superior veiculada, pode estar sujeita a adquirir
impropriedades inerentes à intromissão infeliz do médium no fenômeno.
O ser humano é, em essência, um dínamo de energia e que
vivemos, literalmente, mergulhados em uma rede de forças e fluídos, ainda, em
sua maioria, desconhecida de nós próprios.
Concluímos este artigo, convidando à reflexão dos nossos
pacientes leitores, trecho do livro Nos
Domínios da Mediunidade, da psicografia do apóstolo do amor Chico Xavier
pelo espírito André Luiz:
“Em mediunidade, portanto, não podemos olvidar a
questão da sintonia: atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto
somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de nós somente pode dar
conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com
aquilo que dá.”
Feliz
sintonia a todos!
(*) Todos os grifos são
nossos
Referências
(1) Kardec, Allan. O Livro dos
Médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 54ª ed. Brasília. Editora
FEB, 1944. 480p.
(2) Fernandes, Odilon. Falando
de Mediunidade. Psicografado por Carlos A. Baccelli. 2ª
ed. Votuporanga. Editora DIDIER, 2006. 226p.
(2) Luiz, André. Nos Domínios da
Mediunidade. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 15ª
ed. Brasília. Editora FEB, 1955. 285p.
O conhecimento adquirido é como adubo que faz crescer e desenvolver novas sinapses, amadurecendo novos pontos de comunicação que ligam e interligam novas informações ao patrimônio intelectual que vai se avolumando.
ResponderExcluirSabemos que compartilhar o ensinamento é missão daquele que recebe o ensinamento, mas, como nosso livre arbítrio é intocável o que, consequentemente, não nos impede ne nos tornar improdutivos, não há como não agradecer pelo compartilhamento de seu conhecimento, que tanto engrandece quem te acompanha.
Obrigado por me inspirar.
Oi Paulo, o conhecimento, como legítima força divina deve iluminar nossa trajetória, assim como o Sol, derrama sua claridade sobre todos, sem distinção.
ResponderExcluirExatamente... Gratidão Robson
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