segunda-feira, 19 de maio de 2025

 


UM ANO DE EXISTÊNCIA DO BLOG

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Cicatrizes

 

Após a crucificação, Jesus em espírito, aparece aos discípulos e a fim de se identificar, mostra as mãos e os pés com os sinais do seu martírio.

Neste episódio, há uma mensagem significante do Mestre Divino para todos nós que desejamos ser os trabalhadores da construção da Nova Era.

O sacrifício mais agradável a Jesus deveria ser o de não se conceder trégua quando o assunto é o de atender às necessidades do próximo de modo a sublimar nossos espíritos.

Por outras palavras, revelava como a claridade do sol, que o acesso às dimensões superiores, absolutamente não se dará ao discípulo que se poupar do esforço tanto físico quanto espiritual.

As cicatrizes do mestre Jesus, neste aspecto, representam para nós outros, profunda lição para que não nos mantenhamos distantes dos irmãos do Calvário,  demonstrando, em essência, que não possuímos suficiente coragem para sofrer em favor do próximo. Algo como nos apresentar diante das autoridades celestiais sem nenhuma cicatriz nos pés e nas mãos. Desejamos na Terra sombra e água fresca, escolhendo trilhar por caminhos que, em absoluto, requerem renúncia e sacrifício. 

No livro Obreiros da vida eterna pelo espírito de André Luiz e psicografia de Chico Xavier, há interessante ensinamento localizado no capítulo 12 “Amigos novos”, em que Bezerra de Menezes vai recepcionar a irmã Adelaide às portas da desencarnação referindo-se que pelo cumprimento exemplar no ministério mediúnico, do serviço incessante em benefício dos enfermos e do amparo materno aos órfãos, aliados aos profundos desgostos e duras pedradas que constituem abençoado ônus das missões do bem, sua alma encontrava-se preparada para partir sem perturbações.

Ao perceber que a irmã Adelaide se encontrava hesitante em deixar o corpo, o venerável benfeitor elucida-a, nos legando importante aprendizado:  

- Já sei. Você pensa nos parentes, nos amigos, nos órfãozinhos e nos trabalhos que ficarão. Ó Adelaide! Compreendo seu devotamento materno à obra de amor que lhe consumiu a vida. Entretanto, você está cansada, muito cansada e Jesus, Médico Divino de nossa alma, autorizou o seu repouso.

Adelaide pousou no benfeitor os olhos muito lúcidos, revelando-se confortada e, após breve pausa, Bezerra prosseguiu:

– Sua grande batalha está terminando. Você é feliz, minha amiga, muito feliz, porque seu Espírito virá condecorado de cicatrizes, depois de resistir ao mal durante muitos anos, como senti nela fiel, na fortaleza da fé viva...

Em vão, procuraremos o caminho de ascensão que não passe pela maior necessidade de sacrifício e renúncia. Por milênios temos nos iludido e enganados vivendo na expectativa de sublimarmos-nos sem tanta abnegação ou por caminhos que não nos requeiram maiores transformações.

É por isso que Emanuel no livro Pensamento e vida vai dizer: 

- “É por esse motivo que vemos no Cristo — divino marco da renovação humana —todo um programa de transformações viscerais do espírito.” 

Não vale mais reencarnar por reencarnar. Tomar consciência de nossas obrigações com nós próprios e para com os semelhantes não é mais apanágio daquele que possui formação acadêmica superior ou teológica. Aliás, estes mesmos, são os que com mais dificuldade, aderem aos princípios superiores e nobres.

Na parábola do Bom Samaritano, Jesus refere-se a dois irmãos equivocados que, como intérpretes da Lei religiosa, omitiram socorro ao homem caído na estrada. Arbitraram seguir adiante, sem desconfiarem que, por essa indiferença desenvolveriam um sentimento de culpa, o qual, seria necessário precioso tempo para conseguir libertar-se. Eles, ao fazerem uso da palavra, arrancando aplausos nos templos religiosos em que oficiavam, não conseguiam, de fato, vivenciar o que pregavam no cotidiano. Ainda nessa passagem evangélica, Jesus, não deixando alternativa ao doutor da lei, recomenda que proceda igual ao samaritano que usara de misericórdia para com o necessitado.

Esta afirmação de Jesus, desde há dois mil anos, já nos deixa saber o que seja essencial para nossa felicidade. Ninguém poderá jamais alegar que desconheçam o ensinamento.

É triste e lamentável, mas o tempo que perdemos em não fazer o que nos compete é muito maior do que o tempo que se exige para sua execução.  


Os grifos são nossos.   

Referências 

(1) Luiz, André. Obreiros da vida eterna. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília. Editora FEB, 1946. 304p.

(2) Emmanuel. Pensamento e Vida. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília. Editora FEB, 1958. 139 p.








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